La Noche Europea de l@s Investigador@s regresa al palacio de Santa Cruz
La UCC+I de la Universidad de Valladolid se suma a la conmemoración con una muestra ‘El legado del premio Nobel’
La Universidad de Valladolid, a través de su Unidad de Cultura Científica y de la Innovación, se suma un año más a la Noche Europea de l@s Investigador@s (viernes, 26 de septiembre de 2025) trasladando al palacio de Santa Cruz su exposición El legado del premio Nobel. Se trata de una muestra ilustrada en formato photocall que recorre las principales aportaciones de quince ganadores y ganadoras de las categorías de Física, Fisiología y Medicina y Química. La exposición es visitable entre los días 25 y 27 de septiembre de 2025 en los horarios de apertura del palacio (plaza del Colegio de Santa Cruz, 8).
Desde Iván Pavlov (Nobel de Fisiología y Medicina en 1904) a las contemporáneas Donna Strickland (Nobel de Física en 2018) o Emmanuelle Charpentier (Nobel de Química en 2020), la exposición permite conocer y fotografiarse con algunas de las mentes que han hecho progresar a la Humanidad en los últimos 125 años. Esta exposición fue creada por la Universidad de Valladolid, a través de su Unidad de Cultura Científica y de la Innovación, en el marco del Plan de Transferencia de Conocimiento Universidad–Empresa (TCUE) 2021-2023, una iniciativa de la Consejería de Educación que contó con financiación del Fondo Europeo de Desarrollo Regional (FEDER) conforme al Programa Operativo de Castilla y León 2014-2020; y con la colaboración del Parque Científico Universidad de Valladolid. La muestra ha sido ilustrada por Alberto Sobrino.
Complementa esta actividad una colección de pasatiempos divulgativos creados por investigadores del Instituto de Procesos Sostenibles (ISP, por sus siglas en inglés) de la Universidad de Valladolid. El público se puede llevar a su casa un puzle, laberintos, un juegos de diferencia, otro de parejas o un crucigrama. Estos juegos permiten además conocer cinco proyectos con financiación europea que se desarrollan en el seno de la UVa, denominados PhyToValue, CHEERS, NANOBOOSTER, Waste4Bio y Oils4My.
La exposición ‘El legado del premio Nobel’ en el palacio de Santa Cruz
Oviedo y Gijón
La Unidad de Cultura Científica y de la Innovación de la Universidad de Valladolid colabora además en la Noche Europea de los Investigadores y de las Investigadoras de la Universidad de Oviedo, en las sedes de Oviedo y Gijón, a través del proyecto Lo que no te contaron los cuentos clásicos, que incluye un libro con ocho cuentos y material multimedia complementario.
La Noche Europea de l@s Investigador@s (European Researcher’s Night) es una iniciativa promovida por la Comisión Europea dentro de las acciones Marie Skłodowska-Curie del programa Horizonte Europa, que tiene lugar simultáneamente en casi 400 ciudades europeas desde 2005. Pretende acercar a la ciudadanía de una forma lúdica el trabajo de la comunidad investigadora y los beneficios que aportan a la sociedad a través de actividades de divulgación científica y técnica. En Valladolid, la Noche se ha celebrado simultáneamente en la Universidad de Valladolid y en el Museo de la Ciencia de Valladolid – Fundación Municipal de Cultura.
Sepultura contendo os restos mortais de humanos torturados, possivelmente prisioneiros de guerra, encontrada em Achenheim (Alsácia) e datada entre 4300 e 4100 a.C.P Lefranc.
Durante séculos, o triunfo romano tem sido o modelo para todas as celebrações marciais. Na Roma antiga, todo grande sucesso militar terminava em um desfile luxuoso liderado por senadores e magistrados pelas ruas da cidade. Eles eram seguidos por inimigos cativos (em sua maioria indivíduos de alto escalão), carruagens carregadas com os despojos e outros troféus de guerra.
A generosidade da pilhagem era intercalada com artistas, como acrobatas, músicos e cantores, o que aumentava a natureza espetacular da procissão. Em seguida, vinha o general vitorioso, montado em uma carruagem. A procissão era encerrada por sua família e soldados.
Celebração e humilhação, tudo em um só lugar
A procissão, que marchava ao longo da Via Sacra, cruzava o fórum em seu trecho final, onde ocorria o aprisionamento ou a execução dos prisioneiros. Por fim, a procissão avançava até o templo de Júpiter no topo do Monte Capitolino, onde o general oferecia um sacrifício ao deus, geralmente bois brancos, como encerramento da procissão triunfal. A cereja do bolo era a celebração de banquetes e espetáculos em locais públicos para o deleite da congregação.
O triunfo romano, um banquete que humilhava os vencidos. Assista à história.
Era um ritual destinado a celebrar o poderio marcial e a humilhação dos vencidos. Sabemos tudo isso essencialmente por fontes literárias e algumas representações artísticas, mas qual é a origem e a história inicial dos triunfos marciais?
Sacrifícios e torturas neolíticas
Os sítios neolíticos de Achenheim e Bergheim na região da Alsácia, na França, datados entre 4300 e 4100 a.C., oferecem algumas pistas. Em ambos os casos, um grupo de indivíduos brutalmente assassinados (seis e oito, respectivamente) foi jogado em um poço circular, possivelmente localizado em uma praça central da aldeia, juntamente com uma série de braços esquerdos decepados que não correspondiam a nenhum deles (quatro e sete, respectivamente).
A crueldade com que as vítimas foram tratadas, mostrando uma infinidade de fraturas em seus esqueletos na época de sua morte, e a evidência tafonômica de que os braços decepados podem ter sido deixados ao ar livre por algum tempo antes de serem depositados nas covas, não se encaixam bem no que se espera de massacres ou execuções documentados na pré-história recente.
Túmulo com restos humanos, possivelmente prisioneiros de guerra, encontrado em Bergheim (Alsácia) e datado entre 4300 e 4100 a.C. F Chennal.
Em busca de uma explicação
Essencialmente, esse contexto incomum, que também se repetiu com grande semelhança em ambos os locais, sugere três possíveis cenários interpretativos. O primeiro seria a celebração de um triunfo marcial que combinava o sacrifício de cativos inimigos com violência excessiva e a exibição de troféus humanos coletados em batalha, cujo depósito conjunto em covas encerrava o ritual.
A segunda consistia na repatriação e no enterro de membros do grupo que haviam caído em batalha (na forma de corpos inteiros ou braços esquerdos).
E a terceira envolveria a punição de párias ou criminosos da comunidade, em que a tortura – incluindo mutilação – e a pena capital fariam parte do processo.
A metodologia multiisotópica baseia-se na premissa de que somos o que comemos e que essas informações são armazenadas em nível molecular em nossos corpos e produzem uma assinatura isotópica distinta, semelhante a uma impressão digital, que nos permite reconstruir a dieta e a origem dos indivíduos. E como o que comemos (dieta), de onde obtemos nossos alimentos (origem) e com quem comemos (grupo social) está intimamente relacionado a quem somos, essa abordagem também pode abordar a identidade.
Nosso objetivo era comparar os dois grupos e definir a identidade social das vítimas. Os resultados, publicados esta semana na Science Advances, sugerem fortemente que as vítimas não passaram a infância na região e tiveram uma vida muito mais móvel, com uma dieta mais variável e maior exposição ao estresse fisiológico do que a população de controle. Isso é totalmente compatível com um estilo de vida migrante.
Braços e corpos inteiros, de diferentes procedências.
Além disso, o estudo revelou que as vítimas representadas por esqueletos completos e aquelas representadas por braços decepados apresentam sinais isotópicos diferentes, sugerindo um tratamento diferenciado ligado à sua origem geográfica.
É possível que os braços tenham vindo de grupos estabelecidos no norte da Alsácia, enquanto os corpos completos teriam vindo do sul da região, como uma origem mais próxima. No entanto, também é possível que ambos os grupos tenham vindo de regiões mais distantes, como a parte mais ocidental da bacia parisiense ou a parte mais oriental do vale do alto Danúbio.
A evidência de inimigos de diferentes origens nos túmulos é consistente com uma guerra de conquista, na qual os grupos estrangeiros chegavam em diferentes ondas e enfrentavam a população local em diferentes ataques.
Essa não é a única evidência de conflito que temos, pois é nessa época que os primeiros assentamentos cercados por fossos e paliçadas começam a ser documentados na região. O registro arqueológico também mostra uma rápida substituição das tradições culturais locais por outras de regiões adjacentes.
Violência como espetáculo
O espetáculo-violência incomum exercido nessas celebrações contra inimigos cativos, a “caça” e a exibição de troféus humanos e seu depósito conjunto em locais comunitários dificilmente podem ser compreendidos fora da estrutura de um teatro político que visa à exaltação do poder e do triunfo e à desumanização do inimigo.
Nesse caso, temos apenas a evidência material mais brutal da vitória e sua celebração, mas é bem possível que esses rituais de triunfo também fossem acompanhados por um componente festivo, incluindo desfiles, música, danças ou banquetes, como fizeram os romanos mais de três milênios depois. Afinal de contas, eram celebrações que buscavam essencialmente a ostentação do sucesso e a legitimação do poder por meio de um pacto político-religioso.
O projeto do qual esta pesquisa é derivada foi financiado por uma bolsa do programa Marie-Slodowska Curie Actions (MSCA-IF-790491) da Comissão Europeia, concedida a Teresa Fernández-Crespo.
Fosa con restos de humanos torturados, posiblemente cautivos de guerra, hallada en Achenheim (Alsacia) y datada entre 4300 y 4100 a. C.P Lefranc.
Durante siglos, el triunfo romano ha sido el modelo a seguir en toda celebración marcial. En la antigua Roma, cada gran éxito militar acababa en un fastuoso desfile encabezado por senadores y magistrados que recorría las calles de la ciudad. A estos les seguían los enemigos cautivos (la mayoría, individuos de alto rango), carros cargados con el botín y demás trofeos de guerra.
La fastuosidad de los expolios se entremezclaba con artistas, como acróbatas, músicos y cantantes, que aumentaban la espectacularidad de la procesión. A continuación, marchaba el general vencedor, montado en un carro. Cerraban el cortejo su familia y soldados.
Festejo y humillación, todo en uno
El desfile, que marchaba por la vía Sacra, cruzaba en su último tramo el foro, donde tenía lugar el encarcelamiento o la ejecución de los prisioneros. Finalmente, la procesión avanzaba hacia el templo de Júpiter, en la cima de la colina Capitolina, donde el general ofrecía un sacrificio al dios, generalmente bueyes blancos, como clausura del recorrido triunfal. La guinda era la celebración de banquetes y espectáculos en lugares públicos para deleite de los congregados.
El triunfo romano, una fiesta que humillaba a los vencidos. Mira la Historia.
Se trataba de un ritual destinado a festejar el poderío marcial y la humillación del conquistado. Todo esto lo sabemos esencialmente por las fuentes literarias y algunas representaciones artísticas. ¿Pero cuál es el origen y la historia primitiva de los triunfos marciales?
Sacrificios y torturas neolíticas
Los yacimientos neolíticos de Achenheim y Bergheim, en la región francesa de Alsacia, datados entre 4300 y 4100 a.e.c., ofrecen algunas pistas al respecto. En ambos casos, en una fosa circular, posiblemente ubicada en una plaza central del poblado, se arrojó un grupo de individuos brutalmente asesinados (seis y ocho, respectivamente), junto a una serie de brazos izquierdos cercenados que no correspondía a ninguno de ellos (cuatro y siete, respectivamente).
El ensañamiento con el que se había tratado a las víctimas, que mostraban multitud de fracturas en todo su esqueleto ocurridas alrededor del momento de su muerte, y la evidencia tafonómica de que los brazos cercenados pudieron estar a la intemperie un tiempo antes de su depósito en las fosas, no encajaban bien con lo esperable en masacres o ejecuciones documentadas en la prehistoria reciente.
Fosa con restos de humanos, posiblemente cautivos de guerra, hallada en Bergheim (Alsacia) y datada entre 4300 y 4100 a.e.c. F Chennal.
En busca de una explicación
Esencialmente, este inusual contexto, que además se repetía con gran similitud en ambos yacimientos, sugiere tres posibles escenarios interpretativos. El primero sería la celebración de un triunfo marcial que combinara el sacrificio de cautivos enemigos con una violencia excesiva y la exposición de trofeos humanos recolectados en batalla, cuyo depósito conjunto en fosas clausurase el ritual.
El segundo consistiría en la repatriación y el enterramiento de miembros del grupo caídos en batalla (en forma de cuerpos completos o de brazos izquierdos).
Y el tercero comprendería el castigo de parias o delincuentes comunitarios, donde la tortura –incluyendo la mutilación– y la pena capital formaran parte del proceso.
La metodología multiisotópica se basa en la premisa de que somos lo que comemos y que esta información queda almacenada a nivel molecular en nuestro organismo y produce una firma isotópica distintiva, similar a una huella dactilar, que permite reconstruir la dieta y la procedencia de los individuos. Y como lo que comemos (alimentación), de dónde obtenemos los alimentos (origen) y con quién comemos (grupo social) está íntimamente relacionado con quiénes somos, con este enfoque también puede abordarse la identidad.
Nuestro objetivo era comparar ambos grupos y definir la identidad social de las víctimas. Los resultados, publicados esta semana en Science Advances, sugieren claramente que las víctimas no pasaron su infancia en la región y tuvieron una vida mucho más móvil, con una alimentación más cambiante y una mayor exposición al estrés fisiológico que la población de control. Todo ello es plenamente compatible con una forma de vida migrante.
Brazos y cuerpos enteros, de distinta procedencia
Además, el estudio ha permitido descubrir que aquellas víctimas representadas por esqueletos completos y aquellas representadas por brazos cercenados muestran señales isotópicas distintas, lo que sugiere un tratamiento diferencial vinculado con su origen geográfico.
Es posible que los brazos procedieran de grupos asentados en el norte de Alsacia, mientras que los cuerpos completos hubieran llegado del sur de la región, como origen más próximo. No obstante, es también posible que ambos grupos provinieran de regiones más distantes, como la zona más occidental de la cuenca parisina o la zona más oriental del valle alto del Danubio.
La evidencia de enemigos de distinta procedencia en las fosas es coherente con una guerra de conquista, en que los grupos foráneos llegarían en diferentes oleadas y se enfrentarían con la población local en distintos asaltos.
No es esta la única evidencia de conflicto que poseemos, ya que es en este momento cuando empiezan a documentarse en la región los primeros poblados rodeados por fosos y empalizadas. Asimismo, se observa en el registro arqueológico una rápida sustitución de tradiciones culturales locales por otras venidas de regiones adyacentes.
Violencia como espectáculo
La inusitada violencia-espectáculo ejercida en estas celebraciones hacia los enemigos cautivos, la “caza” y exposición de trofeos humanos y su depósito conjunto en lugares comunitarios difícilmente pueden entenderse fuera del marco de un teatro político que pretende la exaltación del poder y del triunfo y la deshumanización del enemigo.
En ese caso, solo tenemos la evidencia material más brutal de la victoria y su celebración, pero es muy posible que estos rituales del triunfo se acompañaran también de un componente festivo, incluyendo desfiles, música, bailes o banquetes, como hicieron más de tres milenios después los romanos. Al fin y al cabo, eran celebraciones que esencialmente buscaban la ostentación del éxito y la legitimación del poder a través de un pacto político-religioso.
El proyecto del que se deriva esta investigación ha sido financiado por una ayuda del programa Marie-Slodowska Curie Actions (MSCA-IF-790491) de la Comisión Europea, concedida a Teresa Fernández-Crespo.